Mortes nas estradas

Mais do que fiscalizar, é preciso punir

Patric Chagas

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Para o sociólogo e especialista em segurança no trânsito Eduardo Biavati, além de fiscalizar, é preciso que o condutor infrator seja punido com rapidez. O especialista acredita que, para que isso aconteça, além de uma revisão na legislação que ele considera "enrolada", é preciso mais servidores no setor administrativo de órgãos como o Departamento Nacional de Trânsito (Detran). Devido à falta de funcionários, o órgão não conseguiria dar um andamento rápido nos processos gerados a partir das autuações.

_ Se a punição imediata não acontece, as pessoas acabam compartilhando a ideia de que não dá nada, de que não há punição _ avalia Biavati.

Ele argumenta ainda que foram reduzidos o número de mortes, mas não mudou o perfil das vítimas: os homens continuam morrendo mais e a faixa etária de 20 a 30 anos continua sendo a de maior mortalidade.

_ Isso demonstra que todo esse esforço não foi suficiente para reduzir qualitativamente. A violência continua lá com a mesma cara feia e matando gente _ diz.

Segundo o Detran, até outubro de 2013, havia 3.480.578 de carros e 1.063.277 motos em circulação no Estado. Conforme Biavati, até 2017, o Brasil deve receber de seis a sete montadoras de automóveis.

_ Se as pessoas acham que hoje já existe um número elevado de carros e motos nas ruas, é porque elas não sabem que a indústria irá investir R$ 4 bilhões. Por isso, será necessário mais campanhas, mais fiscalização e, principalmente, estratégias novas _ alerta o sociólogo Biavati.

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